 "Porque   o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com  a  trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão   primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados   juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim   estaremos sempre com o Senhor" (1 Tessalonicenses 4.16-17).
"Porque   o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com  a  trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão   primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados   juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim   estaremos sempre com o Senhor" (1 Tessalonicenses 4.16-17).   
 
 Quase   todas as religiões ensinam sobre a imortalidade da alma, mas a Bíblia   ensina sobre a redenção e a sobrevivência da pessoa como um todo,   espírito, alma e corpo.
Os   Coríntios, como os demais gregos, eram um povo de grande capacidade   intelectual, como também eram amantes de especulações filosóficas.   Quando lemos os dois primeiros capítulos da primeira carta aos   Coríntios, nos quais Paulo declara a imensurável superioridade da   revelação sobre a especulação humana, observamos que alguns dos membros   da igreja de Corinto também eram partidários de especulações. 
Dotado   de perspicácia incomum, Paulo previu que sob a influência do espírito   grego, o evangelho poderia dissipar-se em um lindo, porém impotente,   sistema de filosofia e ética. De fato, essa tendência já havia se   manifestado em alguns crentes da igreja de Corinto. Alguns membros da   igreja estavam influenciados por uma antiga doutrina grega de   imortalidade, a qual ensinava que o corpo, ao morrer pereceria para   sempre, mas que a alma continuaria a existir. Em verdade, dizia esse   ensino, era bom que o corpo perecesse, pois só servia como estorvo e   impedimento à alma. Ensinava-se na igreja de Corinto que, apesar de a   alma e o espírito viverem depois da morte, o corpo era destruído para   sempre e não seria ressuscitado, pois a única ressurreição que o homem   experimentaria seria a ressurreição espiritual da alma, ressurreição de   sua morte dos delitos e pecados. O apóstolo Paulo desafiou a veracidade   desse ensino dizendo: “Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos?”   (I Co 15.12). Tomando esse erro como ponto de partida, ele expôs a   doutrina verdadeira, entregando ao mundo o grande capítulo da Bíblia   sobre ressurreição, (1Co 15).
Com   base nesse argumento, Paulo usa a doutrina bíblica, e declara que o   corpo humano é suscetível de santificação, redenção e está incluído na   salvação do homem. O corpo também faz parte da salvação, não apenas o   espírito. No céu nós teremos corpo, não seremos como fantasmas. Ainda   não sabemos como será esse corpo, mas teremos corpo e nos   reconheceremos. Essa afirmação precisa fazer parte da esperança do   salvo. No princípio Deus criou tanto o espírito quanto o corpo, e quando   o espírito e o corpo se uniram como unidade vivente, o homem tornou-se   um “ser vivente”. O homem foi criado imortal, no sentido de que ele  não  precisava morrer, mas mortal no sentido de que poderia morrer se   desobedecesse a Deus. Se o homem permanecido fiel, ele teria se   desenvolvido ao máximo sobre a terra e, depois, possivelmente teria sido   trasladado, pois a trasladação parece ser o meio perfeito que Deus usa   para remover da terra os seres humanos (Gn 5.24). Mas o homem pecou,   perdeu o direito a árvore da vida e como resultado disso, começou a   morrer, processo que culminou na separação do espírito do corpo. A morte   física foi expressão externa da morte espiritual, a qual é  consequência  do pecado.
Visto   que o homem se compõe de alma, espírito e corpo sua redenção deve   incluir a vivificação de ambos, por isso a necessidade de ressurreição.   Embora o homem se torne justo perante Deus e vivo espiritualmente, na   aceitação do sacrifício de Jesus (Ef 2.1), seu corpo morrerá como   resultado da herança racial de Adão. Mas, desde que o corpo é parte   integrante da personalidade, a salvação e a imortalidade não se   completam enquanto o corpo não for ressuscitado e glorificado. Isso é   que aprendemos no Novo Testamento (Rm 13.11; 1Co 15.52-54; Fp 3.20-21). 
O   argumento de Paulo em 1Co 15.13-19 é: ensinar que não há ressurreição é   ferir a realidade da salvação e a esperança da imortalidade. Ele   desenvolve o argumento da seguinte maneira: se não há ressurreição do   corpo, então Cristo, que tomou para si um corpo humano, não ressuscitou   dentre os mortos, então a pregação de Paulo é vã; pior ainda, é falsa e   enganosa. Se a pregação é vã, então também são vãs a fé e a esperança   daqueles que a aceitam. Se Cristo, de fato, não ressuscitou dentre os   mortos, então não há salvação do pecado, pois de que maneira poderíamos   saber que sua morte foi realmente expiatória, se ele continuasse na   sepultura. Se o corpo do nosso amado Mestre não ressuscitou, que   esperança haverá para aqueles que nele confiam? Caso essas suposições   fossem verdadeiras, o sacrifício e os sofrimentos de Cristo teriam sido   inúteis e nossos esforça e sofrimento para pregar o Evangelho seria vão   (1Co 15.19,30-32).
O ENSINO SOBRE A RESSURREIÇÃO
O ensino da ressurreição está em toda a Bíblia, não apenas no Novo Testamento.
“porque   eu sei que meu Redentor vive, e por fim se levantará sobre a terra.   Depois revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a   Deus” (Jó 19.25-26). 
“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” (Dn 12.2). 
“Os   teus mortos e também o meu cadáver viverão e ressuscitarão; despertai e   exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como o   orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos” (Is 16.19).
NATUREZA DA RESSURREIÇÃO
É   relativamente fácil declarar o fato da ressurreição, mas, ao tentar   explicar como Cristo foi ressuscitado, encontramos grande dificuldade,   pois trata-se de leis misteriosas, sobrenaturais, além do nosso alcance.   Entretanto sabemos que a ressurreição do corpo será caracterizada  pelos  seguintes aspectos:
1   – RELAÇÃO. Haverá alguma relação com o velho corpo, fato que Paulo   ilustra pela comparação com o grão de trigo (1Co 15.36-38). 
Qual   poder vitaliza o corpo humano, tornando-se capaz da gloriosa   transformação do corpo ressurreto? O Espírito Santo (1Co 6.19)! Falando   da ressurreição, Paulo expressa as palavras de 2Co 5.5 “Ora, quem para isto mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o penhor do Espírito”,   que um dos estudiosos da língua grega traduziu da seguinte maneira:   “Deus preparou-me para essa mudança, ao dar-me seu Espírito como sinal e   primeira porção”.
2   – REALIDADE. Certas pessoas não se interessam em ir para o céu, pois   acham que a vida lá será uma existência insubstancial e vaga. Ao   contrário, a existência no céu será tão real quanto a presente, de fato   ainda mais real. Os corpos glorificados serão reais e tangíveis e   haveremos de nos reconhecer, conhecer e conversar uns com os outros,   como também estaremos plenamente ocupados em atividades celestiais.   Jesus em seu corpo ressuscitado, era muito real para seus discípulos;   embora com o corpo glorificado, ele ainda era o mesmo Jesus.
3   – INCORRUPTILIDADE. O corpo “ressuscita imperecível” (1Co 15.42) e   ficará livre de enfermidade, dor, debilidade e, portanto também de morte   (Ap 21.4).
4   – GLÓRIA. Nosso velho corpo é perecível, sujeito à corrupção e ao   cansaço, porque é um corpo “natural”, próprio para uma existência   imperfeita em um mundo imperfeito; mas o corpo da ressurreição será   próprio para a gloriosa vida imortal no céu. Quando Pedro, o Grande, da   Rússia, trabalhava como mecânico na Holanda, a fim de aprender a arte  da  construção naval, ele usava a roupa humilde de mecânico; mas ao  voltar  ao seu palácio, vestia-se com trajes reais ornado de joias.  Assim também  o espírito do homem, originariamente inspirado por Deus,  agora vive a  existência humilde dentro de um corpo perecível (Fp 3.21),  mas na  ressurreição será revestido de um corpo glorioso, próprio para  ver Deus,  face a face.
5   – SUTILEZA. Isto é, o poder de penetrar as substancias sólidas. Ao   andarmos pela terra em um corpo glorificado, não seremos impedidos por   coisas mínimas como um muro ou uma montanha, simplesmente   atravessaremos, se assim o desejarmos (Jo 20.26).
QUANDO SE DARÁ A RESSURREIÇÃO DOS SANTOS
A   ressurreição da Igreja ocorre na volta de Jesus, imediatamente antes  do  arrebatamento (1Ts 4.16). A ressurreição dos santos é chamada de   “primeira ressurreição”: “Bem-aventurado e santo aquele que  tem  parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda   morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil   anos” (Ap 20.6).
CONCLUSÃO
Existem   coisas que não entenderemos, e não podemos entendê-las ainda, acerca  da  vida futura. Entretanto, sabemos o mais importante: “agora  somos  filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser.  Mas  sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele;   porque assim como é o veremos” (1Jo 3.2).
Fontes:
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, Myer Pearlman – Vida
Fundamentos da Teologia Pentecostal - Quadrangular