quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Levitas procura-se os verdadeiros


E separarás os levitas do meio dos filhos de Israel, para que sejam meus. (Números 8: 14) - Hoje não é incomum ouvir pastores, irmãozinhos de igreja, donos de gravadoras e premiações especulativas usando a palavra “levitas”, se referindo exclusivamente aos cantores de música contemporânea cristã. Ainda têm os fariseus modernos, que por adorarem títulos, esses se autodenominam levitas, ignorando o real significado e peso dessa palavra. Porém (pasmem!) todos usam essa palavra sem conhecimento do seu real significado. Ser levita não é ser músico! Ao contrário, relata a Bíblia, que naquele tempo, os levitas não eram responsáveis pela música no tabernáculo. Afinal, não havia uma parte musical no culto estabelecido pela Lei de Moisés, embora as orações e sacrifícios incluíssem o sentido de louvor, adoração e ações de graças. Foi muitos anos depois que Davi inseriu a música como parte do culto. Afinal, ele era músico e compositor desde a sua juventude (I Sm.16.23). Então, atribuiu a alguns levitas a responsabilidade musical.
Para o conhecimento de todos, a origem da palavra levitas vem da Tribo de Levi (hebreu: לֵוִי “devoto, unido”), que era uma das Tribos de Israel que, segundo a Bíblia, foi fundada por Levi, filho de Jacó e de Léia. Na ocasião do parto de Levi, conta o Livro Sagrado: “Outra vez concebeu Lia, e deu à luz um filho, e disse: Agora, desta vez, se unirá mais a mim meu marido, porque lhe dei à luz três filhos; por isso, lhe chamou Levi.”(Gênesis 29:34). Os levitas eram justamente os membros dessa tribo de Levi, separados, sem território, sem herança terrena porque gozavam do alto privilégio de ter o Senhor como seu quinhão, sua posse (Dt 10.9). Era uma tribo dos sacerdotes (cohanim), descendentes de Arão, por sua vez descendente de Levi. Isso quer dizer que todo sacerdote (cohen) era levita, mas nem todo levita era sacerdote, que fique claro essa explicação. Executavam qualquer serviço ligado ao culto. Servos e não alguém na igreja para ser alvo da glória humana. Em I Crônicas (9.14-33; 23.1-32; 25.1-7), lemos diversas atribuições dos levitas. Havia, então, entre eles porteiros, guardas, padeiros e também cantores e instrumentistas (II Crônicas 5.13; 34.12). Até aqueles designados por Davi para o louvor, eram liderados por Asafe, Hemã e Jedutum, e tinham a tarefa de PROFETIZAR com harpas, alaúdes e saltérios (I Crônicas 25.1). Nessa época, surgiu a maior parte dos salmos de Israel. Hoje, podemos testificar que aqueles levitas eram mesmo profetas. Através deles o Espírito Santo falava ao povo. Além disso, eram mestres no que realizavam. Isso significa que tinham conhecimento suficiente e qualidade no que faziam para ensinar os outros. Trazendo para os dias atuais eram bons no que faziam e tinham qualidade a ponto de poder ensinar, certamente se eram pedreiros não construíam casas que caíam, se eram padeiros não queimavam o pão e se eram músicos não desafinavam ou cantavam de qualquer forma, como vemos muitos hoje em dia que fazem o mais ou menos para Deus. Esses servos tinha privilégios, sim, mas tinham muitos deveres que vou aqui destacar em tópicos: Servir no Santuário ajudando nos sacrifícios (Jr 33.18,22), na recepção de oráculos (Nm 3.38; 2Rs 12.9ss)
O papel dos levitas como ministros do tabernáculo era de cooperarem na construção do mesmo, sob a supervisão do filho de Arão, Itamar. Nas leis preparatórias para a marcha pelo deserto, Levi foi separado por Deus, das outras tribos, e colocado sob a responsabilidade de desmanchar, transportar e erigir o tabernáculo, além de servir como uma espécie de pára-choque para proteger as demais tribos israelitas da indignação de Deus, que os ameaçava se desapercebidamente entrassem em contato com a tenda sagrada ou com os seus móveis (Números 1: 47-54). Os levitas não esperam recompensa. A herança dos levitas é o Senhor (Deut 10:8-9): Nenhum dos levitas (os da tribo de Levi) tinham parte na divisão da terra e dos bens. Da mesma forma, não podemos esperar recompensa e nem reconhecimento humano pelo nosso serviço na casa do Senhor. Não podemos entrar nesse ministério esperando recompensa natural ou promoção humana. Fomos separados pelo Senhor e Ele será sempre a nossa herança e Ele proverá a nossa recompensa. Transportar a Arca da Aliança Os levitas transportavam a Arca da Aliança. Na arca, tinha três objetos que eram testemunhos da relação de Deus com Seu povo:
As duas tábuas de pedra, onde se achava “escrita a aliança de Deus com o povo” (Ex 24.12; 25.16, 21; 40.20; Dt 10.1-5). Era lembrança do pacto de Deus com os filhos de Jacó, símbolo de direção permanente da parte divina; O pote de maná, que recordava ao povo o cuidado e o sustento que vinham da parte de Deus no deserto (Ex 16.14ss; Hb 9.4, 5). Era uma metáfora concreta do alimento permanente vindo de Deus; O bastão (vara) de Arão (Nm 17.10) que floresceu como prova da sua divina indicação para ser Sumo-sacerdote (cf. v.8). É sinal de apoio permanente pelo Senhor. A arca era um ponto catalizador das doze tribos de Israel; o lugar de encontro no Santo dos Santos, onde o Senhor revelava Sua vontade aos Seus servos. Sinal visível e símbolo da presença de Deus entre o povo (1Sm 4-6; 2Sm 6; 1Rs 8; cf. 1Sm 4.7,22; Nm 10 35; 1Rs 8.11). Era o próprio trono de Deus. Santificava o lugar onde repousava (2Cr 8.11). Vale lembrar que para transportar a Arca da Aliança não poderia ser qualquer pessoa, mas alguém que fosse consagrado, alguém que vivesse diante do Senhor. Qualquer um que tocasse na arca sem ser escolhido, estava destinado à morte. Havia respeito, temor e cuidado pelo que era sagrado. Nos dias de hoje, quantos que se dizem levitas vivem realmente diante do Senhor? Quantos têm uma vida consagrada e separada? O que será que vai acontecer com aqueles que estão no pecado e tentam enriquecer cantando uma música santa? Ou o que falar de grandes eventos em nome de Deus, promovidos por representantes das trevas? Podemos servir à dois senhores? Água se mistura com óleo? OS LEVITAS SÃO GUARDIÕES DA GLÓRIA DE DEUS: esse é um chamado de santificação e separação, pois não há como defender a santidade sem ser santo e não há como defender a glória sem ser separado e não pode haver comunhão entre luz e trevas. O mundo canta para os homens, os levitas músicos cantam para Deus!
E por último, Autoridade para Abençoar A história da bênção é bem antiga. Já a encontramos nos primeiros momentos da Criação. Abraão foi abençoado por Deus para ser uma bênção para o mundo (Gn 12.1-3). O texto de Deuteronômio fala da função levítica de abençoar em nome de Deus. Ora, aprendemos com a Escritura que abençoar em nome de alguém é falar em seu nome. Por essa razão, há de haver cuidado com a bênção dada levianamente e sem discernimento (cf. Ex 20.7). Uma pessoa só pode transmitir o que ela tem. Se é um canal de benção pode abençoar. Agora, quando é um canal de maldição, vai transmitir maldição. Afinal, está debaixo de uma autoridade maligna, por mais que tente se infiltrar em coisas santas. Por isso, devemos sempre tomar cuidado com aqueles que oram sobre as nossas cabeças, tendo a certeza que são verdadeiros sacerdotes de Deus, separados e consagrados para aquela função. Deus procura verdadeiros levitas, servos obedientes, corajosos, separados, consagrados do resto de todas as tribos e nações, levitas que o chamem de Pai e ele responda com um carinho: “Fala, filho!”. Verdadeiros adoradores em espírito e em verdade, comprometidos com o Reino de Deus. Sejam banquerios, jornalistas, empresários, médicos, porteiros, fazendeiros, publicitários, pastores ou blogueiros, que sejam mestres em seus ofícios e façam o melhor para o Reino. Esses sim poderão levar a arca do Senhor, tocar em coisas sagradas sem sofrer mal algum, tomar posse de bençãos que foram feitas apenas para os santos, que serão guardiões da Glória de Deus até a segunda volta de Jesus. No caso dos músicos, esses poderão tocar e entoar um cântico novo que, com o agir do Espírito Santo, mudará vidas, destruirá principados demoníacos e potestades, abençoará e chegará ao trono de Deus, através de melodias celestes e de um doce som, pelos séculos dos séculos, amém!

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