
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Grande Campanha de oração pelas famílias

quarta-feira, 30 de maio de 2012
período interbíblico - A glória de Israel - Parte final
Paz e progresso seriam as melhores palavras para descrever este período da história de Israel. Depois de 30 anos onde tivemos os governos de Judas Macabeu e Jônatas (somados) tivemos então o governo de Simão. Segundo o livro Panorama histórico de Israel para estudantes da Bíblia de Antônio R. Gusso o período de governo de Simão foi igual ao dos dois irmãos somados, mais 30 anos, ou seja, mais de 60 anos.
É bastante importante este período do governo de Simão para a constatação de que as profecias do Antigo Testamento já se cumpriram (conforme o próprio Jesus Cristo afirma em Mateus 11:13). Ocorre que muitos, desconhecendo este período da História de Israel, acham que as profecias de retorno do cativeiro, paz e prosperidade ainda irão se cumprir, por acharem que Israel viveu dominado por outras nações (Babliônios, Persas, Sírios, Gregos e Romanos) desde o final do Antigo Testamento e que, como continuam em conflitos até os dias de hoje, esta paz e prosperidade ainda não teria ocorrido.
Apesar de não fazer parte do Cânon da Bíblia Evangélica e do Cânon Hebraico, o Primeiro Livro dos Macabeus (que faz parte do Cânon Católico) é o que melhor descreve este período, com destaque para o capítulo 14.
Leia o texto:
1º Macabeus, 14:4-15
Que bela descrição de um governo. Como eu desejaria que nossos governantes de hoje em dia pudessem ter uma biografia como esta registrada para as futuras gerações. Tenho a certeza de que qualquer governante de qualquer parte do mundo se sentiria muito feliz de ver um relato como este referente ao seu período de governo.
Fim da glória de Israel
João Hircano, filho de Simão, foi rápido em suas decisões e reivindicou o trono antes de Ptolomeu conseguir fazer o mesmo. Em seu governo Hircano anexou a Iduméia, Samaria e a Pereia. Ou seja, realizou uma expansão territorial para Judá. Ele também cunhou a sua própria moeda o que simbolizava claramente a total independência de Israel com relação aos impérios daquela época.
Esta circuncisão obrigatória gerou um povo judeu na carne e que não era judeu de coração, destes surgiu Herodes que foi decisivo na época do início do Novo Testamento causando inúmeros problemas para o povo judeu.
Nesta época da expansão territorial de Judá começou um dos períodos mais tristes da história de Israel. Uma verdadeira decadência da Nação. Ocorre que a politicagem e a divisão em partidos começaram exatamente neste período de Hircano.
Esta mudança de lado se deu quando houve uma falsa acusação de que ele não poderia ser sumo sacerdote por ter sido a mãe dele, supostamente, prisioneira de guerra, o que segundo as leis farisaicas desqualificava-o para o cargo.
Daqui para frente, o que ocorre com eles é muita briga. Onde há partidos há discussões e fatalmente divisões. Isto ocorreu com Israel. Eles tiveram paz, prosperidade, independência, voltaram a enriquecer, viveram liberdade religiosa e seus inimigos foram afastados, mas agora, passaram a brigar dentre si. O inimigo passou a ser seu irmão da mesma nação.
Decididamente é clara a afirmação de que os ideais políticos e religiosos dos Macabeus haviam ficado para trás dando lugar a projetos particulares ambiciosos de poder.
Com sua morte João Hircano deixou o comando da nação à sua esposa e a seu filho mais velho Judá Aristóbulo, mas este, não querendo dividir as glórias do poder, prendeu sua mãe e irmãos e fez com que sua mãe morresse de fome e matou também seu irmão Antígono. Só não cometeu mais loucuras porque morreu com apenas um ano de reinado.
2 saduceus, Jesus e 1 fariseu |
Aristóbulo II e Hircano II eram filhos de Salomé Alexandra que como viúva de Judá Aristóbulo se casou com seu cunhado Alexandre Janeu, estes seriam os futuros sucessores de Judá Aristóbulo após a sua morte. Vale ressaltar que Aristóbulo II era aliado dos Saduceus e Hircano II era aliado dos Fariseus e portanto cada um destes partidos político-religiosos desejava que um dos irmãos fosse o novo governante.
Fariseus e Saduceus:
Os Hasidim mais zelosos geraram a seita dos Fariseus. Neste ponto é interessante explicar que tanto a nomenclatura “partido”, quanto a nomenclatura “seita” se aplicam aos Fariseus. Ocorre que a palavra seita, em sua origem, não tinha a conotação negativa que existe hoje. Na época de Jesus existiam a seita dos Saduceus, dos Fariseus, dos Zelotas e dos Essênios. Também o Cristianismo foi chamado de Seita naquela época, por, a princípio, acharem que se tratava de uma subdivisão ou uma corrente de pensamento dentro do Judaísmo. O nome Cristianismo surgiu apenas anos mais tarde em Antioquia.
Apesar dos Fariseus estarem mais perto do que Deus queria, ou seja, buscavam mais a Ele, houve um momento em que os ritos passaram a ser mais importantes do que o relacionamento. Os fariseus aos poucos deixaram de serem zelosos defensores da genuína fé em Deus para se tornarem zelosos defensores da tradição farisaica. Foi este o motivo de Jesus ter atacado tão diretamente aos fariseus. Foi esta a razão de Jesus não gostar dos Fariseus e de até hoje entendermos o termo Fariseu como sendo algo falso, fingido, superficial e tradicionalista.
fariseus |
Por outro lado, os saduceus não eram muito melhores. Ocorre que estes tentavam encontrar um jeitinho de manter parte da cultura helenista (com todos os absurdos da mesma) e também serem judeus. Isto fazia com que fossem superficialmente judeus, sem um relacionamento profundo com Deus e também fossem veladamente praticantes de inúmeras atividades helênicas como nas vestimentas, no culto a beleza…
Contexto Geral:
general Pompeu |
No mesmo tempo em que estava havendo esta disputa em Judá dentre os irmãos Aristóbulo II e Hircano II que era na verdade uma guerra civil dentre as duas seitas, o general romano Pompeu foi até Damasco para receber homenagens e presentes dos reis da Ásia.
Ambos os irmãos, um sem saber do outro, buscaram ajuda de Roma para consolidar-se no poder em Israel. Depois de um longo tempo sem tomar decisão (muito provavelmente pela experiência política dos dirigentes romanos), Roma acaba tomando o partido de Hircano e coloca-o no sacerdócio, bem como lhe dá o governo civil (apesar de que quem governava na verdade era Antípater).
Isto gerou mais guerra interna, muitas vidas de judeus foram ceifadas e infelizmente, acabou por fazer com que a Judéia perdesse sua independência, pois, a partir deste momento, passou a pagar tributos a Roma e assim, foi re-anexada a província da Síria (que a esta época já estava sob o domínio romano) e passou a fazer parte de mais uma das províncias romanas.
Este foi o fim do tempo de glória de Israel. O povo se afastou de Deus, alguns se apegando a tradições e outros achando normal a paganização de suas vidas. Criaram-se partidos, as decisões passaram a ser controladas pelos partidos e não por Deus. As pessoas passaram a se odiar pelo simples fato de serem de seitas diferentes e o relacionamento com Deus foi deixado de lado.
Grupo de Evangelismo Semeadores

A Guerra dos Macabeus - 4a parte
Conforme vimos nos artigos anteriores o povo Judeu estava sob um triste domínio de outras nações desde o final do Antigo Testamento. Algumas delas até que foram generosas com os Judeus, como no caso de Alexandre, o Grande, mas outros governantes foram muito maléficos em seu domínio.
O domínio de Antíoco IV, que era conhecido como Epifâneo (Que se manifesta com esplendor), mas que também era chamado de Epimanes (o louco) por alguns, provavelmente foi o mais triste para os Judeus, ao menos para aqueles que desejavam seguir suas leis e tradições.
Ocorre que Antíoco Epifâneo, rei da Síria Selêucida, realizou a substituição do sacerdote de Jerusalém com a saída de Onias III para a colocação de Jasom que era helenizante e depois para Menelau (que talvez nem fosse da linhagem sacerdotal), depois ergueu um ginásio onde jovens judeus passaram a praticar exercícios da mesma forma que os gregos faziam, incentivou teatros gregos, vestimentas gregas e toda cultura grega tentando assim helenizar os judeus.
Entendam que mesmo sob o domínio de outros povos, os Judeus sempre haviam conseguido manter seu sumo-sacerdote de Jerusalém numa linhagem levítica e nunca um rei havia se intrometido nas questões da religiosidade Judaica. Agora Antíoco Epifâneo estava tentando destruir a religiosidade judaica. Esta substituição visava enfraquecer os princípios Bíblicos e flexibilizar as outras alterações que ele desejava realizar e que acabou fazendo.
Entendam que mesmo sob o domínio de outros povos, os Judeus sempre haviam conseguido manter seu sumo-sacerdote de Jerusalém numa linhagem levítica e nunca um rei havia se intrometido nas questões da religiosidade Judaica. Agora Antíoco Epifâneo estava tentando destruir a religiosidade judaica. Esta substituição visava enfraquecer os princípios Bíblicos e flexibilizar as outras alterações que ele desejava realizar e que acabou fazendo.
Entre saques aos tesouros do Templo de Jerusalém e aumentos dos impostos, Robert Grundy em seu livro Panorama do Novo Testamento apresenta que através de determinações de Antíoco Epifâneo tornou-se ofensa capital circuncidar os meninos judeus, observar a guarda do sábado, celebrar as festividades judaicas como a Páscoa e o Pentecostes ou possuir cópias do Tanak (Antigo Testamento).
Notório é que muitos manuscritos foram destruídos nesta época e que, além de procissões em honra a Dionísio, um altar a Zeus foi construído dentro do Templo de Salomão! Não nos esquecendo dos sacrifícios de animais impuros, como porcos que foram realizados dentro do templo.
Alguns judeus tentavam manter acesa a chama de sua fé religiosa e por isto Antíoco Epifâneo não parava nem recuava. Seu ódio pelos judeus e sua religiosidade só aumentava e a situação para aqueles que desejavam permanecer fieis às leis e tradições era bastante difícil.
Também é notório que nem todos os judeus sofriam desta forma, os helenizantes, que aceitavam passivamente a paganização de sua cultura e religião, não sofriam como os Hasidim (os que se mantinham fiéis).
Fazendo uma breve comparação com os dias de hoje, também vemos que os “cristãos” que aceitam passivamente a paganização de nossos princípios e religiosidades não sofrem tanto quanto nós que defendemos ativamente o combate a paganização e desvios doutrinários que tanto assolam nossas igrejas evangélicas. Este adendo é interessante porque demonstra que, como sempre, a história se repete.
Nesta situação, havia um pequeno lugarejo entre Jerusalém e Jope chamado Modim. Um lugarejo tão remoto que até aquela época praticamente não aparecia em mapas e citações. Nesta cidade um velho e muito querido sacerdote de nome Matatias, filho de Simão, neto ou bisneto de Hasman da descendência direta de Arão, irmão de Moisés, junto com seus cinco filhos Judas, João, Simão, Eleazar e Jônatas, foi procurado por emissários do rei Antíoco Epifâneo exigindo que ele oferecesse sacrifícios aos deuses gregos em público, na frente de toda população.
Vejam a petulância dos emissários reais. Eles não só haviam profanado o Templo de Jerusalém como queriam que todos os sacerdotes, mesmo aqueles das cidades mais remotas, negassem publicamente a Deus e desta forma deixassem de ser referência para o povo que ainda servia a Deus.
Suposta imagem de Judas Macabeu |
Matatias terminantemente se recusou a fazer isto e devido a esta negativa o emissário do rei ameaçou-lhe de morte. Para evitar que Matatias fosse morto outro judeu se ofereceu para fazer o sacrifício em seu lugar. Matatias então, junto com seus cinco filhos, matou este judeu que temeu mais ao rei do que a Deus e matou também os emissários do rei. Depois disto, Matatias destruiu o altar grego que já havia dentro da cidade, conclamou os demais fieis daquela cidade à luta e fugiu com famílias inteiras para a região montanhosa de Israel. Nesta fuga
se uniram a eles outros Hasidim de várias partes de Israel que sabendo da ação deste sacerdote entenderam que era a hora de se fazer algo ou todos iriam perecer. Este foi o início da Guerra dos Macabeus.
Logo depois do início da guerra dos Macabeus, o sacerdote Matatias ficou doente e morreu, porém
antes de morrer, passou o comando de seu grupo rebelde aos olhos do rei e fiel aos olhos de Deus a seu filho chamado Judas.
Judas era a pessoa certa no lugar certo para fazer frente aos inimigos dos judeus naquela época. Deus não levanta alguém para Sua obra sem capacitá-lo completamente. As conquistas foram tantas que o nome que é dado a esta revolta (Revolta ou Guerra dos Macabeus) se deve exatamente aos feitos heróicos deste guerreiro.
Lembrem-se que a família era de sobrenome Hasman. Teoricamente, se fossemos pegar pelo sobrenome, a guerra deveria ser conhecida como a guerra dos Hasmoneus. O sacerdote Matatias morreu sem que o nome Macabeu tivesse sido empregado para a descrição de sua família, no entanto, o servo fiel que Deus levantou era como um martelo que implacavelmente destruía todos os inimigos de Deus que apareciam em sua frente. Este foi Judas Hasman e por isto o apelido de Macabeu que foi dado a ele, ao seus irmãos e descendentes e a todos os que lutaram aquela guerra.
Judas Macabeu derrotou o exército do general Apolônio que devido à morte do emissário e os relatos da fuga para as montanhas havia sido comissionado para perseguir e matar os revoltosos pelo rei Antíoco Emifâneo. Posteriormente o exército do general Serão, um contingente ainda maior do que o exército de Apolônio e que foi enviado para matar os revoltosos devido ao exército de Apolônio ter sido destruído, foi humilhantemente derrotado.
No ano seguinte o próprio Lísias com um exército ainda maior se apresentou para combater Judas e seu exército, este também foi derrotado, tendo batido em retirada com os poucos soldados que lhe restaram.
Judas e seu exército marcham para Jerusalém, tomam a cidade, dominam a guarnição que vivia na cidadela de Acra, limpou Templo e ordenou que um novo altar fosse construído no lugar daquele que havia sido profanado e que novos objetos sagrados fossem feitos. Quando o fogo foi devidamente renovado sobre o altar e as lâmpadas dos candelabros foram acesas, a dedicação do altar foi celebrada por oito dias entre sacrifícios e músicas. Aliás, até hoje os judeus comemoram a festa Hanukah (ou Chanucá = consagração) relembrando exatamente deste momento histórico de Judas Macabeu.
Judas Macabeu não parou, ele lutou contra os Amonitas, Moabitas, Samaritanos, Galileus, Árabes, Filisteus e outros tantos. De forma análoga ao Rei Davi, Judas subjugou todos os inimigos de Israel garantindo a independência da Judéia.
Como todo ser humano, um dia Judas morreu. Ele morreu em combate em 160 a.C. e foi sucedido por seu irmão Jônatas que herdou o apelido Macabeu e criou a linhagem dos Macabeus.
Depois de todas as lutas e da morte de Judas Macabeu, Jônatas continuou suas guerras até que em 143 a.C. outro irmão de Judas, Simão, foi reconhecido por Demétrio, que era um pretendente ao trono da Síria, como líder da Judéia havendo então o fim do domínio externo sobre Israel.
Para entender o porque de ter sido Simão e não Jônatas declarado líder da Judéia temos que compreender que Jônatas e Simão declaravam-se, presunçosamente, sucessores de Judas. Matatias antes de morrer havia deixado claro que seu sucessor seria Judas e por isto ninguém questionava a liderança de Judas, já quando este faleceu não havia deixado nenhum outro como sendo seu sucessor e por isto os 2 irmãos mais velhos brigavam para serem o sucessor.
Este foi o fim da guerra dos Macabeus, foi o fim de todo o domínio externo sobre Israel e foi a completa realização de todas as profecias bíblicas do Antigo Testamento que falavam da volta do povo de Deus a suas terras e a restauração da glória de Israel.
domingo, 27 de maio de 2012
Período Intertestamentário – Parte 3
Este artigo é continuação da Parte 1 – Leia clicando aqui
Este artigo é continuação da Parte 2 – Leia clicando aqui
O Período Selêucida:
Inicialmente os Judeus receberam bem os novos dominadores, tendo até participado das lutas ao lado deles contra os Ptolomeus e por causa disto, Antíoco III tratou-os muito bem. Entre outros benefícios, ordenou que os refugiados voltassem para suas terras, que os escravizados fossem libertos, que houvesse redução nos impostos, que tivessem liberdade de culto, que fossem isentados de taxas todos os trabalhadores do templo, os escribas e os membros do conselho de anciãos, e que fossem abolidas as taxas em Jerusalém por três anos, para que a cidade pudesse se recuperar economicamente.
Jovens Judeus treinando no ginásio de Jerusalém |
Começou então a haver uma grande mudança comportamental. Passou-se a ter uma maior freqüência aos Teatros Gregos, a adoção de roupas gregas, utilização de cirurgias para remoção das marcas da circuncisão, adoção de nomes gregos (ao invés de Judaicos) e outras coisas assim se tornaram populares.
A situação só piorava quando Antíoco IV substituiu novamente o sumo-sacerdote de Jerusalém por Menelau que, provavelmente, nem era de linhagem sacerdotal, mas que pagava um tributo mais elevado ao rei.
Esta corrupção dos valores judaicos, principalmente esta substituição do sumo-sacerdote por negociata financeira, desagradou muito aos “judeus puritanos”.
Quando Antíoco IV partiu para conquistar o Egito e acabou sendo derrotado por Laenus (embaixador Romano), surgiu a informação em Jerusalém que Antíoco IV havia morrido, Jasom (o sumo-sacerdote deposto) liderou uma retomada de seu oficio contra Menelau. Só que Antíoco IV não havia morrido e ao retornar, enviou seu exército para Jerusalém, reintegrou Menelau ao cargo de sumo-sacerdote, e seus soldados saquearam a cidade e mataram muitos judeus.
altar à Zeus no Templo de Jerusalém |
sábado, 26 de maio de 2012
Período Intertestamentário – Parte 2
Se ainda não teve oportunidade, não deixe de ler as outras partes deste estudo: Período Intertestamentário – Parte 1
A divisão do Império Grego
Se ainda não teve oportunidade, não deixe de ler as outras partes deste estudo: Período Intertestamentário – Parte 1
Foram então criados quatro reinos para quatro generais, a saber: Ptolomeu, Seleuco, Lisímaco e Cassandro. A região da palestina, que na antiguidade havia servido como ponto estratégico de Israel (para seu enriquecimento) se tornou um fator de desgraça já que os governos de Ptolomeu (que governava o Egito) e de Seleuco (que governava a Síria) disputavam aquela região por ser um importante corredor para as tropas.
O governo dos Ptolomeus
Segundo o livro Panorama Histórico de Israel para estudantes da Bíblia encontramos que durante o governo dos Ptolomeus os judeus tiveram uma relativa liberdade. Apesar de muitos terem sido deportados para o Egito, estes souberam e puderam aproveitar bem as oportunidades comerciais e condições de trabalho que ali tiveram. Este fato foi tão importante que fez com que outros judeus fossem, por vontade própria, para o Egito “tentar a vida” nas cidades que estavam sendo fundadas. Dentre estas cidades é importante citar Alexandria e a grande colônia judaica que se estabeleceu ali.
Para aqueles que permaneciam na Judeia, o sumo-sacerdote era o governador. Ele trabalhava em conjunto com o conselho de sacerdotes e anciãos fazendo com que as leis fossem cumpridas.
O Templo de Jerusalém era o centro da vida religiosa dos judeus, inclusive recebendo peregrinos de todas as partes. Provavelmente como contraponto a grande promoção da cultura e religiosidade grega, vemos o fato de que esta época foi de grande ênfase à Lei e a sua interpretação que muito se desenvolveu. Já economicamente, a população empobreceu.
A Septuaginta:
A Septuaginta ou como é abreviada LXX (setenta em números romanos) é a mais importante tradução grega do Antigo Testamento, bem como a mais antiga tradução influente em qualquer idioma.
Exatamente pelo grande número de judeus egressos da palestina que haviam se estabelecidos na colônia judaica de Alexandria e porque os Ptolomeus haviam fundado uma grande biblioteca com obras antigas e preciosas e cuidada por bibliotecários que se tornaram notáveis; Levando em consideração ao fato de que mesmo com liberdade religiosa era notória a grande promoção da cultura e religiosidade grega. Além do fato de que o Grego, desde antes do domínio de Alexandre, o Grande, estar se tornando a língua comercial e de intercâmbio dentre os povos (como hoje em dia é o inglês), muitos judeus que agora moravam em Alexandria não dominavam mais o hebraico ao ponto de poderem ler e compreender as Leis em sua língua original.
fragmento do livro de Ezequiel da Septuaginta |
Aparentemente estes fatos levaram a que, durante o governo de Ptolomeu Filadelfo (285-246 a.C.) fosse ordenado o início de uma tradução do Antigo Testamento (A Tanak – Bíblia Hebraica) para a língua grega. Certa carta, supostamente escrita por alguém chamado Aristélas ao seu irmão Filócrates (285-246 a.C.) relata como Ptolomeu Filadelfo, persuadido por seu bibliotecário a obter uma tradução das escrituras hebraicas para a sua biblioteca real, fez um apelo ao sumo sacerdote de Jerusalém, que lhe enviou 72 anciãos a Alexandria, com uma cópia oficial da lei. Ali, em 72 dias, fizeram uma tradução que foi lida perante a comunidade judaica entre grandes aplausos, e então foi apresentada ao rei. Este é o motivo dela ser chamada de Tradução dos Setenta, Septuaginta ou como é abreviada LXX (setenta em números
romanos). Ela ainda hoje é a mais importante tradução grega do Antigo Testamento, bem como a mais antiga tradução influente em qualquer idioma. Nenhum outro livro(s) foi traduzido a mais tempo do que as Escrituras Sagradas e continua sendo influente no mundo inteiro. Nenhuma outra tradução realizada naquela época tem igual valor para a humanidade.
É incontestável que esta tradução chamada Septuaginta deu uma extrema contribuição para que o judaísmo (e posteriormente o cristianismo) fosse disseminado por todo o mundo conhecido naquela época.
Quando Cristo esteve na Terra a LXX já estava espalhada entre os judeus da dispersão (os egressos) e é compreensível que esta Bíblia na língua universal tenha ajudado muito aos primeiros missionários. Notamos ainda que o Novo Testamento possui várias citações da Septuaginta.
Lembremos ainda que traduções não eram coisas corriqueiras daquela época e que somente livros extremamente importantes poderiam ser traduzidos. Isto demonstrava o valor que era dado a Bíblia Hebraica.
A última pessoa que comandou a dinastia que governou o Egito, chamada de dinastia dos Ptolomeus foi Cleópatra VII Thea Filopator (em grego, Κλεοπάτρα Φιλοπάτωρ, Cleopátra Philopátor). Ela nasceu em Alexandria em 70 a.C. e morreu em 30 a.C. Cleópatra, como ficou conhecida na história, era filha de Ptolomeu XII e de Cleópatra V.
As constantes guerras dentre os Ptolomeus e os Selêucidas acabou por dar a vitória a estes últimos e por fim a dominação dos Ptolomeus sobre a Judeia.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
lançando a rede
Quando cumprimos o mandamento de Jesus no tocante à salvação de vidas para o Reino de Deus e lançamos a rede geralmente fazemos uma boa colheita, interessante é que os Apóstolos que estavam no barco eram homens experientes na arte de pescar, mas diz o texto supracitado que eles envidaram esforços durante toda uma noite...e nada pescaram... devemos admitir que realmente não sabemos pescar e muito menos cuidar de pescado, porém quando nos dispomos a cumprir o IDE de Jesus Ele nos usa como vaso e nos capacita para fazer a sua obra. Dentro desse contexto mais uma vez o Senhor Jesus nos presenteou com mais duas vidas preciosas neste culto evangelistico de quinta feira na Congregação Betesda salvando Cíntia e cristiane (mãe e filha) filha e neta da nossa querida irmã Odecilda. Que Deus continue abençoando as suas vidas.
Ir Daniel Oliveira - 2. Dirigente
Assembléia de Deus - Congregação Betesda
Período Intertestamentário – Parte 1
Panorama Geral:
Esta pequena variação, no entanto, não altera o fato de que aproximadamente podemos afirmar que foram 400 anos. Neste período Deus não chamou nenhum profeta para dizer “assim diz o Senhor“. Em todo este tempo nenhum escritor inspirado apareceu. Por isso este tempo é chamado “Os Anos Silenciosos” ou “O Período Negro“.
Este período, no entanto, provocou muitas mudanças no mundo em geral e entre os Judeus em particular. Ao entendermos, um pouco, do que aconteceu neste período intertestamentário, compreenderemos melhor sobre o povo que existia no Novo Testamento e o porquê de muitas palavras de Jesus no Novo Testamento.
É interessante notar que a atmosfera política, religiosa e social da Palestina mudou significantemente durante esse período e como última curiosidade desta introdução é interessante citar que muito do que aconteceu no período entre o Antigo e o Novo Testamento foi predito pelo profeta Daniel (capítulos 2,7,8 e 11), por exemplo.
O Período Grego:
Como destaque especial, Alexandre, o Grande, montou o maior império da história antiga criando de forma harmoniosa uma união do Oriente e do Ocidente, sob a cultura helenista.
Devido a sua educação, dada por Aristóteles, Alexandre era extremamente ávido por conhecimento, adorava filosofia e era um leitor insaciável, além do fato de ser uma pessoa muito inteligente, ele dominava muito conhecimento sobre filosofia, história grega, arte da guerra, medicina, retórica, política, ciências físicas e naturais além de geografia. A verdade é que Alexandre, o Grande, era obcecado por conhecimento, muito provavelmente pelo seu perfil megalomaníaco. Devido a isto o grande ideal de Alexandre, o Grande era levar a influência da Grécia a todos os países conhecidos.
Império de Alexandre, o Grande
Atribui-se a ele a fundação de setenta cidades, todas moldadas conforme o estilo grego. Também é certo que para conseguir seus ideais de forma mais rápida, tanto ele quanto seus soldados costumavam casarem-se com mulheres de outros países para misturar a cultura helenista (cultura grega) com a destes países.
Zeus
Os judeus que, até então, costumavam ser fieis ao domínio dos persas, agora se tornariam fiéis ao domínio grego e, por conseguinte, as mesmas regalias que já possuíam dos persas foram mantidas pelos gregos. Desta forma pouca coisa alterou na vida dos judeus, continuaram a ser uma província sem rei, sob o domínio de um povo estranho e sem autonomia política.
Devido à falta de autonomia da província, o povo judeu não poderia ter reis, mas também devido à boa relação com o governo de Alexandre, o Grande, e a regalia de poderem continuar a praticar a sua própria religião, os judeus continuaram a ter um cargo político-religioso de grande importância para suas vidas, este cargo era o de Sumo-Sacerdote. Este era o responsável máximo pelos serviços e sacrifícios no Templo de Jerusalém, o mais alto posto religioso do povo de Israel e também a mais alta autoridade política do país.
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Missões: A Importância da oração na obra missionária

Os discípulos de Jesus lhe pediram: ensina-nos a orar. Jesus respondeu com a famosa oração do Pai Nosso. Para orar de acordo com a vontade de Deus precisamos analisar a forma como Jesus ensinou seus discípulos. Notem que não é uma oração egoísta, simplesmente pedindo coisas pessoais, mas, em primeiro lugar, Jesus ensina quais devem ser nossas prioridades na oração:
1- Que venha primeiro o Reino de Deus
Todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é Senhor, para a Gloria de Deus Pai” (Fp 2.10-11).
Além disso, a Bíblia mostra que no final dos tempos Jesus Cristo entregará o Reino a Deus o Pai, para que Ele seja tudo em todos (1Co 15.24-28). Cada cristão deve ser um agente de Deus para que o Seu Reino venha sobre todos os homens. A oração é parte fundamental para que o Reino venha. Deus quer que cada um dos Seus filhos seja um intercessor.
2- Que seja feita a vontade de Deus, assim na terra como no céu
A pergunta que vem à nossa mente é: A vontade de Deus não está sendo feita? Claro que a resposta é sim, partindo da perspectiva da soberania dEle. Mas a Bíblia nos ensina que Deus permite que o ser humano faça suas escolhas, e aí que entra o pedido que Jesus Cristo ensina na oração: que cada ser humano se submeta à vontade de Deus.
Além do ensino de Jesus aos seus discípulos sobre a oração, também existe o ensino de orar para que o próprio Deus envie trabalhadores no Seu projeto:
Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor. Então disse aos seus discípulos: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Peçam, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para a Sua colheita” (Mt 9.36-38).
Por outro lado, se pensarmos bem, todo cristão é um trabalhador na seara de Deus, e isto nos leva a concluir que quanto mais discípulos fizermos, mais trabalhadores teremos no Reino de Deus! Todos os crentes em Jesus têm o dever de orar, rogando a Deus que envie mais trabalhadores, e ao mesmo tempo evangelizar a tempo e fora de tempo: no trabalho, escola, aos parentes, à vizinhança etc.
A certeza das orações respondidas
A Oração efetiva deve ser de acordo com a vontade de Deus
A oração efetiva deve ser com fé
Precisamos também ter consciência de que estamos no meio de uma guerra espiritual. O texto do livro de Atos mostra quando Paulo estava dando seu testemunho ao rei Agripa, em que esclarece a realidade do trabalho missionário:
Eu o livrarei do seu próprio povo e dos gentios, aos quais eu o envio para abrir-lhes os olhos e convertê-los das trevas para a luz, e do poder de Satanás para Deus, a fim de que recebam o perdão dos pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim” (At 26.17-18).
1) abrir-lhes os olhos;
2) convertê-los das trevas para a luz e
3) convertê-los do poder de Satanás para Deus. Isto mostra que as pessoas sem Cristo estão cegas espiritualmente, pertencem ao reino das trevas e estão sob o poder de Satanás. Oh, como seria bom se todos os cristãos tivessem consciência da realidade espiritual das pessoas! Com certeza teríamos maior comprometimento com missões.
A obra missionária consiste em tirar as pessoas do reino das trevas e do poder de Satanás e levá-las para o Reino da Luz e para o poder de Deus. A pergunta que surge é: Satanás vai permitir? Claro que não. Ele levantará uma forte oposição para não perder as vidas que estão sob seu domínio. Aqui entra a importância da intercessão. Devemos orar, jejuar, interceder pelos missionários, pelas nações sem Cristo, pelos povos ainda não alcançados pelo Evangelho.
Sugestões práticas para uma boa intercessão:
• Ore para que Deus envie mais obreiros para a obra.
• Ore pelos missionários: por sua saúde, pela família, para que tenham unção do Espírito Santo, por estratégias divinas, por autoridade e sabedoria espirituais, para que dêem muito fruto e pelo sustento da família.
• Ore pelo relacionamento entre os missionários e lideres no campo. Esta é uma área difícil e que precisa muito da nossa intercessão.
• Ore pelos povos ainda não alcançados pela mensagem de salvação. Ainda existem mais de 2.000 povos que pouco ou nunca ouviram o Evangelho de Cristo.
• Ore pelos pastores e igrejas, para que tenham visão missionária. Infelizmente há pastores e igrejas que têm uma pequena visão local, e precisam conhecer a estratégia de Atos 1.8: Jerusalém, Judéia, Samaria e confins da Terra.
• Ore pela Junta de Missões Mundiais, para que tenha sabedoria no trato e cuidado dos missionários, bem como estratégias específicas para alcançar o mundo no século 21.
• Ore para que Deus derrube todas as barreiras espirituais que o inimigo levanta contra a expansão do Reino de Deus.
Sempre afirmo que a igreja trabalha mais rápido de joelhos do que de pé. Sem duvida, pela oração nossas igrejas crescerão, muitos missionários serão enviados, vidas serão salvas, igrejas serão plantadas e Cristo será glorificado em todas as nações.
Assinar:
Postagens (Atom)