quinta-feira, 31 de maio de 2012

Grande Campanha de oração pelas famílias

A Coordenação Geral do Departamento de Círculo de oração em conjunto com os Departamentos de Cículo de oração das Congregações está com mais uma Campanha de Oração em prol das familias. A Congregação Betesda está atuando através do círculo de oração e com toda a igreja. Venha participar conosco todas as segunda-feiras a partir das 19:00 hs.A referida campanha estender-se-á até o dia 23 de junho de 2012 quando será realizado um grande culto de encerramento. Contamos com a presença de todos onde estaremos orando e intercedendo a Deus por todas as familias do nosso bairro, e de toda a nossa cidade.
  

quarta-feira, 30 de maio de 2012

período interbíblico - A glória de Israel - Parte final


Depois de terríveis domínios, tantas lutas e tantas vitórias, finalmente o povo de Israel consegue se tornar independente. Finalmente as promessas do Antigo Testamento referentes à restauração da glória de Israel são cumpridas. Deus é realmente FIEL! Ele nunca deixou de cumprir suas promessas. Todas as profecias do Antigo Testamento se cumpriram. As últimas foram à vinda de Jesus e o surgimento de um novo profeta que era João, o Batista.


Paz e progresso seriam as melhores palavras para descrever este período da história de Israel. Depois de 30 anos onde tivemos os governos de Judas Macabeu e Jônatas (somados) tivemos então o governo de Simão. Segundo o livro Panorama histórico de Israel para estudantes da Bíblia de Antônio R. Gusso o período de governo de Simão foi igual ao dos dois irmãos somados, mais 30 anos, ou seja, mais de 60 anos.

Simão, apesar de não ter usado o título de rei por saber que este título só deveria ser dado aos descendentes de Davi governou muito bem a Judéia, re-estabeleceu tratados com Roma, criou tribunais, enriqueceu a nação, além de ter embelezado o Templo e a cidade de Jerusalém, protegeu os humildes de seu povo e zelou pela lei.

É bastante importante este período do governo de Simão para a constatação de que as profecias do Antigo Testamento já se cumpriram (conforme o próprio Jesus Cristo afirma em Mateus 11:13). Ocorre que muitos, desconhecendo este período da História de Israel, acham que as profecias de retorno do cativeiro, paz e prosperidade ainda irão se cumprir, por acharem que Israel viveu dominado por outras nações (Babliônios, Persas, Sírios, Gregos e Romanos) desde o final do Antigo Testamento e que, como continuam em conflitos até os dias de hoje, esta paz e prosperidade ainda não teria ocorrido.

Apesar de não fazer parte do Cânon da Bíblia Evangélica e do Cânon Hebraico, o Primeiro Livro dos Macabeus (que faz parte do Cânon Católico) é o que melhor descreve este período, com destaque para o capítulo 14.

Leia o texto:

1º Macabeus, 14:4-15

4.Na Judéia reinou a paz, enquanto viveu Simão. Procurou o bem-estar de seu povo, e este se agradou do seu poder e reputação. | 5.Com toda a glória que adquiriu, tomou Jope como porto e construiu um acesso para as ilhas do mar. | 6.Alargou as fronteiras de seu povo e estendeu sua autoridade sobre todo o país. | 7.Repatriou muitos dos judeus prisioneiros do estrangeiro, apoderou-se de Gazara, de Betsur e da cidadela de Jerusalém, que purificou de suas manchas, e ninguém ousava opor-lhe resistência. | 8.Os que cultivavam a terra trabalhavam em paz; o solo dava suas colheitas e as árvores dos campos, seus frutos. | 9.Os velhos assentavam-se nas praças públicas e entretinham-se com o bem comum; os jovens revestiam-se com troféus e com equipamentos de guerra. | 10.Simão forneceu víveres às cidades e tomou resoluções para edificar praças fortes, de modo que em toda parte, até as extremidades da terra, celebrava-se seu nome. | 11.Estabeleceu a paz em seu país, e todo o Israel exultava de alegria. | 12.Cada um podia assentar-se sob sua parreira ou figueira sem recear o inimigo. | 13.Não houve ninguém para atacá-los, e os reis, nessa época, foram abatidos. | 14.Protegeu os humildes entre seu povo, zelou pela lei e exterminou os ímpios e os perversos. | 15.Contribuiu para o esplendor do templo e enriqueceu o tesouro.

Que bela descrição de um governo. Como eu desejaria que nossos governantes de hoje em dia pudessem ter uma biografia como esta registrada para as futuras gerações. Tenho a certeza de que qualquer governante de qualquer parte do mundo se sentiria muito feliz de ver um relato como este referente ao seu período de governo.

Fim da glória de Israel


Porém, para sua desgraça, Simão casou uma de suas filhas com um dos descendentes dos Ptolomeus do Egito. Em 135 a.C. seu genro Ptolomeu assassinou Simão (e alguns filhos e amigos) com o intuito de galgar ao trono de Israel.

João Hircano, filho de Simão, foi rápido em suas decisões e reivindicou o trono antes de Ptolomeu conseguir fazer o mesmo. Em seu governo Hircano anexou a Iduméia, Samaria e a Pereia. Ou seja, realizou uma expansão territorial para Judá. Ele também cunhou a sua própria moeda o que simbolizava claramente a total independência de Israel com relação aos impérios daquela época.

Esta expansão territorial é significativa para mostrar o poderio econômico, militar e social de Israel, no entanto, ela também é a razão de alguns problemas futuros. Ocorre que todos os habitantes destas regiões foram obrigados a serem circuncidados tornando-se judeus por obrigação. Da mesma forma que o batismo infantil de hoje criou uma série de pessoas “ditas” cristãs, mas que de coração não o são, também esta circuncisão obrigatória gerou judeus que só o eram na carne, mas não no coração. Deus não quer servos que O sirvam por obrigação, Ele deseja servos que O sirvam de coração, por decisão própria.

Esta circuncisão obrigatória gerou um povo judeu na carne e que não era judeu de coração, destes surgiu Herodes que foi decisivo na época do início do Novo Testamento causando inúmeros problemas para o povo judeu.

Nesta época da expansão territorial de Judá começou um dos períodos mais tristes da história de Israel. Uma verdadeira decadência da Nação. Ocorre que a politicagem e a divisão em partidos começaram exatamente neste período de Hircano.

É importante ressaltar que esta divisão partidária era na verdade político-religiosa. Sendo inicialmente aliado dos Fariseus, Hircano ofendeu gravemente o partido dos Fariseus e se aproximou do partido dos Saduceus.

Esta mudança de lado se deu quando houve uma falsa acusação de que ele não poderia ser sumo sacerdote por ter sido a mãe dele, supostamente, prisioneira de guerra, o que segundo as leis farisaicas desqualificava-o para o cargo.

Daqui para frente, o que ocorre com eles é muita briga. Onde há partidos há discussões e fatalmente divisões. Isto ocorreu com Israel. Eles tiveram paz, prosperidade, independência, voltaram a enriquecer, viveram liberdade religiosa e seus inimigos foram afastados, mas agora, passaram a brigar dentre si. O inimigo passou a ser seu irmão da mesma nação.

Decididamente é clara a afirmação de que os ideais políticos e religiosos dos Macabeus haviam ficado para trás dando lugar a projetos particulares ambiciosos de poder.

Com sua morte João Hircano deixou o comando da nação à sua esposa e a seu filho mais velho Judá Aristóbulo, mas este, não querendo dividir as glórias do poder, prendeu sua mãe e irmãos e fez com que sua mãe morresse de fome e matou também seu irmão Antígono. Só não cometeu mais loucuras porque morreu com apenas um ano de reinado.


2 saduceus, Jesus e 1 fariseu
Aristóbulo II e Hircano II eram filhos de Salomé Alexandra que como viúva de Judá Aristóbulo se casou com seu cunhado Alexandre Janeu, estes seriam os futuros sucessores de Judá Aristóbulo após a sua morte. Vale ressaltar que Aristóbulo II era aliado dos Saduceus e Hircano II era aliado dos Fariseus e portanto cada um destes partidos político-religiosos desejava que um dos irmãos fosse o novo governante.

Fariseus e Saduceus:

Para entender de onde surgiram estes partidos político-religiosos, os antigos Hasidim deram origem aos Fariseus (palavra que significa separatistas) e aos Essênios (os que produziram os famosos Papiros do Mar Morto na comunidade Qumran). Já os helenistas, aqueles que achavam ser possível manter a sua religião e ter a cultura helênica, deram origem aos Saduceus. Notório é que a maioria dos membros da aristocracia judaica eram Saduceus nesta época.

Os Hasidim mais zelosos geraram a seita dos Fariseus. Neste ponto é interessante explicar que tanto a nomenclatura “partido”, quanto a nomenclatura “seita” se aplicam aos Fariseus. Ocorre que a palavra seita, em sua origem, não tinha a conotação negativa que existe hoje. Na época de Jesus existiam a seita dos Saduceus, dos Fariseus, dos Zelotas e dos Essênios. Também o Cristianismo foi chamado de Seita naquela época, por, a princípio, acharem que se tratava de uma subdivisão ou uma corrente de pensamento dentro do Judaísmo. O nome Cristianismo surgiu apenas anos mais tarde em Antioquia.


Apesar dos Fariseus estarem mais perto do que Deus queria, ou seja, buscavam mais a Ele, houve um momento em que os ritos passaram a ser mais importantes do que o relacionamento. Os fariseus aos poucos deixaram de serem zelosos defensores da genuína fé em Deus para se tornarem zelosos defensores da tradição farisaica. Foi este o motivo de Jesus ter atacado tão diretamente aos fariseus. Foi esta a razão de Jesus não gostar dos Fariseus e de até hoje entendermos o termo Fariseu como sendo algo falso, fingido, superficial e tradicionalista.

fariseus
Por outro lado, os saduceus não eram muito melhores. Ocorre que estes tentavam encontrar um jeitinho de manter parte da cultura helenista (com todos os absurdos da mesma) e também serem judeus. Isto fazia com que fossem superficialmente judeus, sem um relacionamento profundo com Deus e também fossem veladamente praticantes de inúmeras atividades helênicas como nas vestimentas, no culto a beleza…

Contexto Geral:


general Pompeu

No mesmo tempo em que estava havendo esta disputa em Judá dentre os irmãos Aristóbulo II e Hircano II que era na verdade uma guerra civil dentre as duas seitas, o general romano Pompeu foi até Damasco para receber homenagens e presentes dos reis da Ásia.

Ambos os irmãos, um sem saber do outro, buscaram ajuda de Roma para consolidar-se no poder em Israel. Depois de um longo tempo sem tomar decisão (muito provavelmente pela experiência política dos dirigentes romanos), Roma acaba tomando o partido de Hircano e coloca-o no sacerdócio, bem como lhe dá o governo civil (apesar de que quem governava na verdade era Antípater).

Isto gerou mais guerra interna, muitas vidas de judeus foram ceifadas e infelizmente, acabou por fazer com que a Judéia perdesse sua independência, pois, a partir deste momento, passou a pagar tributos a Roma e assim, foi re-anexada a província da Síria (que a esta época já estava sob o domínio romano) e passou a fazer parte de mais uma das províncias romanas.

Este foi o fim do tempo de glória de Israel. O povo se afastou de Deus, alguns se apegando a tradições e outros achando normal a paganização de suas vidas. Criaram-se partidos, as decisões passaram a ser controladas pelos partidos e não por Deus. As pessoas passaram a se odiar pelo simples fato de serem de seitas diferentes e o relacionamento com Deus foi deixado de lado.

É interessante notar que Deus, mesmo nesta situação terrível do povo judeu, já estava preparando o caminho para o desenvolvimento de Sua Igreja na Terra. Ocorre que o irmão de Hircano II, Aristóbulo II que era o candidato opositor deste que foi consolidado como governante de Judá, foi levado para Roma, em companhia de vários outros judeus, como prisioneiros de guerra, estes devem ter formado o núcleo inicial da colônia judaica em Roma que, mais tarde, viria a ser a base inicial da Igreja Cristã na capital do império romano. Mesmo nas piores situações os planos de Deus são imutáveis e tudo realmente coopera para o bem do povo de Deus.


Grupo de Evangelismo Semeadores

Em breve estaremos atuando no evangelismo pessoal através do Grupo de Evangelismo da Congregação Betesda  "Semeadores", onde o limite não é a idade mas a fé,se a tua fé for grande, grandes coisas farás pelo reino de Deus... e que o NOME DE JESUS seja exaltado e glorificado através da nossa ação, contamos com o apoio e as orações de toda a Igreja em prol desse grupo que literalmente entrará em guerra espiritual contra as hostes da maldade que tem aprisionado muitas vidas e através desse grupo muitas vidas certamente serão libertas do poder do pecado e virão para a verdadeira luz de Cristo. Dê a sua contribuição, ore, jejue por este grupo pois:  Quem vos der um copo de água para beber porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa"..



A Guerra dos Macabeus - 4a parte

Como introdução devemos deixar claro aqui o significado da palavra Macabeu, falo isto porque muitos desconhecem que Macabeu não era um sobre-nome e nem era o nome de qualquer pessoa. Na verdade Macabeu, que em hebraico seria המכבים e em grego seria Μακκαβαίοι significa Martelo. Este foi o apelido dado, primeiramente, a Judas, o filho mais velho de Matatias que era sacerdote Judeu na pequena e desconhecida cidade chamada Modim.
Conforme vimos nos artigos anteriores o povo Judeu estava sob um triste domínio de outras nações desde o final do Antigo Testamento. Algumas delas até que foram generosas com os Judeus, como no caso de Alexandre, o Grande, mas outros governantes foram muito maléficos em seu domínio.
O domínio de Antíoco IV, que era conhecido como Epifâneo (Que se manifesta com esplendor), mas que também era chamado de Epimanes (o louco) por alguns, provavelmente foi o mais triste para os Judeus, ao menos para aqueles que desejavam seguir suas leis e tradições.

Jovens judeus treinando como os gregos em suas academias
Ocorre que Antíoco Epifâneo, rei da Síria Selêucida, realizou a substituição do sacerdote de Jerusalém com a saída de Onias III para a colocação de Jasom que era helenizante e depois para Menelau (que talvez nem fosse da linhagem sacerdotal), depois ergueu um ginásio onde jovens judeus passaram a praticar exercícios da mesma forma que os gregos faziam, incentivou teatros gregos, vestimentas gregas e toda cultura grega tentando assim helenizar os judeus.
Entendam que mesmo sob o domínio de outros povos, os Judeus sempre haviam conseguido manter seu sumo-sacerdote de Jerusalém numa linhagem levítica e nunca um rei havia se intrometido nas questões da religiosidade Judaica. Agora Antíoco Epifâneo estava tentando destruir a religiosidade judaica. Esta substituição visava enfraquecer os princípios Bíblicos e flexibilizar as outras alterações que ele desejava realizar e que acabou fazendo.
Entre saques aos tesouros do Templo de Jerusalém e aumentos dos impostos, Robert Grundy em seu livro Panorama do Novo Testamento apresenta que através de determinações de Antíoco Epifâneo tornou-se ofensa capital circuncidar os meninos judeus, observar a guarda do sábado, celebrar as festividades judaicas como a Páscoa e o Pentecostes ou possuir cópias do Tanak (Antigo Testamento).
Notório é que muitos manuscritos foram destruídos nesta época e que, além de procissões em honra a Dionísio, um altar a Zeus foi construído dentro do Templo de Salomão! Não nos esquecendo dos sacrifícios de animais impuros, como porcos que foram realizados dentro do templo.
Alguns judeus tentavam manter acesa a chama de sua fé religiosa e por isto Antíoco Epifâneo não parava nem recuava. Seu ódio pelos judeus e sua religiosidade só aumentava e a situação para aqueles que desejavam permanecer fieis às leis e tradições era bastante difícil.
Também é notório que nem todos os judeus sofriam desta forma, os helenizantes, que aceitavam passivamente a paganização de sua cultura e religião, não sofriam como os Hasidim (os que se mantinham fiéis).
Fazendo uma breve comparação com os dias de hoje, também vemos que os “cristãos” que aceitam passivamente a paganização de nossos princípios e religiosidades não sofrem tanto quanto nós que defendemos ativamente o combate a paganização e desvios doutrinários que tanto assolam nossas igrejas evangélicas. Este adendo é interessante porque demonstra que, como sempre, a história se repete.
Voltando ao relato histórico, vemos que esta situação insustentável, aos judeus que desejavam permanecer fieis às leis e tradições, acabou por colocá-los numa situação desesperadora, ou pereceriam em nome da fé, ou renegavam sua religião e seriam absorvidos pela religião e cultura do império, ou como última e escolhida opção lutavam pelos seus ideais. Não havia outra opção e para quem era fiel às leis e tradições religiosas era melhor morrer lutando do que renegar a Deus.

Nesta situação, havia um pequeno lugarejo entre Jerusalém e Jope chamado Modim. Um lugarejo tão remoto que até aquela época praticamente não aparecia em mapas e citações. Nesta cidade um velho e muito querido sacerdote de nome Matatias, filho de Simão, neto ou bisneto de Hasman da descendência direta de Arão, irmão de Moisés, junto com seus cinco filhos Judas, João, Simão, Eleazar e Jônatas, foi procurado por emissários do rei Antíoco Epifâneo exigindo que ele oferecesse sacrifícios aos deuses gregos em público, na frente de toda população.
Vejam a petulância dos emissários reais. Eles não só haviam profanado o Templo de Jerusalém como queriam que todos os sacerdotes, mesmo aqueles das cidades mais remotas, negassem publicamente a Deus e desta forma deixassem de ser referência para o povo que ainda servia a Deus.
Suposta imagem de Judas Macabeu
Matatias terminantemente se recusou a fazer isto e devido a esta negativa o emissário do rei ameaçou-lhe de morte. Para evitar que Matatias fosse morto outro judeu se ofereceu para fazer o sacrifício em seu lugar. Matatias então, junto com seus cinco filhos, matou este judeu que temeu mais ao rei do que a Deus e matou também os emissários do rei. Depois disto, Matatias destruiu o altar grego que já havia dentro da cidade, conclamou os demais fieis daquela cidade à luta e fugiu com famílias inteiras para a região montanhosa de Israel. Nesta fuga
se uniram a eles outros Hasidim de várias partes de Israel que sabendo da ação deste sacerdote entenderam que era a hora de se fazer algo ou todos iriam perecer. Este foi o início da Guerra dos Macabeus.
Logo depois do início da guerra dos Macabeus, o sacerdote Matatias ficou doente e morreu, porém
antes de morrer, passou o comando de seu grupo rebelde aos olhos do rei e fiel aos olhos de Deus a seu filho chamado Judas.
Judas era a pessoa certa no lugar certo para fazer frente aos inimigos dos judeus naquela época. Deus não levanta alguém para Sua obra sem capacitá-lo completamente. As conquistas foram tantas que o nome que é dado a esta revolta (Revolta ou Guerra dos Macabeus) se deve exatamente aos feitos heróicos deste guerreiro.
Lembrem-se que a família era de sobrenome Hasman. Teoricamente, se fossemos pegar pelo sobrenome, a guerra deveria ser conhecida como a guerra dos Hasmoneus. O sacerdote Matatias morreu sem que o nome Macabeu tivesse sido empregado para a descrição de sua família, no entanto, o servo fiel que Deus levantou era como um martelo que implacavelmente destruía todos os inimigos de Deus que apareciam em sua frente. Este foi Judas Hasman e por isto o apelido de Macabeu que foi dado a ele, ao seus irmãos e descendentes e a todos os que lutaram aquela guerra.
Como curiosidade podemos citar que é exatamente por causa de Judas Macabeu que no Novo Testamento existem tantos Judas. Ocorre que, assim como hoje, é muito comum que os pais escolham nomes dos heróis nacionais para seus filhos e foi isto que aconteceu com o nome de Judas. Também é curioso entender que é exatamente devido a Judas Macabeu que os Judeus imaginavam que quando Deus enviasse o Cristo este viria como um grande guerreiro e que iria ser coroado como Rei destruindo todos os outros reinos.
Deus sempre levanta um servo fiel dentre Seus servos fieis para liderar um trabalho de restauração dentre o povo que se chama pelo Seu Nome. Assim foi no passado, assim é no presente e assim será até a volta de Jesus. Podemos passar por lutas, tribulações e perseguições, mas temos que ter a certeza inabalável de que Deus é por nós.
Judas Macabeu derrotou o exército do general Apolônio que devido à morte do emissário e os relatos da fuga para as montanhas havia sido comissionado para perseguir e matar os revoltosos pelo rei Antíoco Emifâneo. Posteriormente o exército do general Serão, um contingente ainda maior do que o exército de Apolônio e que foi enviado para matar os revoltosos devido ao exército de Apolônio ter sido destruído, foi humilhantemente derrotado.
Depois foi a força comandada por Lísias onde três generais (Ptolomeu, Nicanor e Górgias) também não resistiu a força e estratégia empregada pelos Macabeus, força esta vinda de Deus e os generais fugiram humilhados.
No ano seguinte o próprio Lísias com um exército ainda maior se apresentou para combater Judas e seu exército, este também foi derrotado, tendo batido em retirada com os poucos soldados que lhe restaram.
Judas e seu exército marcham para Jerusalém, tomam a cidade, dominam a guarnição que vivia na cidadela de Acra, limpou Templo e ordenou que um novo altar fosse construído no lugar daquele que havia sido profanado e que novos objetos sagrados fossem feitos. Quando o fogo foi devidamente renovado sobre o altar e as lâmpadas dos candelabros foram acesas, a dedicação do altar foi celebrada por oito dias entre sacrifícios e músicas. Aliás, até hoje os judeus comemoram a festa Hanukah (ou Chanucá = consagração) relembrando exatamente deste momento histórico de Judas Macabeu.
As igrejas evangélicas de hoje em dia que possuem aqueles candelabros em seus altares estão realizando uma homenagem a Judas Macabeu e a re-consagração do Templo de Jerusalém.
Judas Macabeu não parou, ele lutou contra os Amonitas, Moabitas, Samaritanos, Galileus, Árabes, Filisteus e outros tantos. De forma análoga ao Rei Davi, Judas subjugou todos os inimigos de Israel garantindo a independência da Judéia.
Como todo ser humano, um dia Judas morreu. Ele morreu em combate em 160 a.C. e foi sucedido por seu irmão Jônatas que herdou o apelido Macabeu e criou a linhagem dos Macabeus.
Depois de todas as lutas e da morte de Judas Macabeu, Jônatas continuou suas guerras até que em 143 a.C. outro irmão de Judas, Simão, foi reconhecido por Demétrio, que era um pretendente ao trono da Síria, como líder da Judéia havendo então o fim do domínio externo sobre Israel.
Para entender o porque de ter sido Simão e não Jônatas declarado líder da Judéia temos que compreender que Jônatas e Simão declaravam-se, presunçosamente, sucessores de Judas. Matatias antes de morrer havia deixado claro que seu sucessor seria Judas e por isto ninguém questionava a liderança de Judas, já quando este faleceu não havia deixado nenhum outro como sendo seu sucessor e por isto os 2 irmãos mais velhos brigavam para serem o sucessor.
Jônatas havia começado a reconstruir as muralhas danificadas e os edifícios de Jerusalém, ele assumiu também o ofício de sumo sacerdote. No ano de 142 a.C. Simão conseguiu de Demétrio a isenção de todos os impostos, o reconhecimento de sua pessoa como o grande sumo sacerdote e a liberdade política. Desta forma, sob a liderança de Simão, a Judéia se tornou independente reunindo na pessoa dele a liderança religiosa, militar e política.
Este foi o fim da guerra dos Macabeus, foi o fim de todo o domínio externo sobre Israel e foi a completa realização de todas as profecias bíblicas do Antigo Testamento que falavam da volta do povo de Deus a suas terras e a restauração da glória de Israel.

domingo, 27 de maio de 2012

Período Intertestamentário – Parte 3

 

Este artigo é continuação da Parte 1 – Leia clicando aqui
Este artigo é continuação da Parte 2 – Leia clicando aqui

O Período Selêucida:

Segundo o Antonio Renato Gusso em Panorama Histórico de Israel para estudantes da Bíblia, devido as constantes guerras dentre os Ptolomeus e os Seleucidas, finalmente, após muitas tentativas fracassadas da parte dos Seleucidas para conquistar a Judéia, Antíoco III (rei dos Seleucidas) derrotou os Ptolomeus em uma batalha junto às nascentes do rio Jordão em 198 a.C. Isto gerou grandes mudanças na situação dos Judeus.
Inicialmente os Judeus receberam bem os novos dominadores, tendo até participado das lutas ao lado deles contra os Ptolomeus e por causa disto, Antíoco III tratou-os muito bem. Entre outros benefícios, ordenou que os refugiados voltassem para suas terras, que os escravizados fossem libertos, que houvesse redução nos impostos, que tivessem liberdade de culto, que fossem isentados de taxas todos os trabalhadores do templo, os escribas e os membros do conselho de anciãos, e que fossem abolidas as taxas em Jerusalém por três anos, para que a cidade pudesse se recuperar economicamente.
Porém isto não durou muito. Em 187 a.C., depois de se envolver com guerras contra os romanos e ser derrotado, Antíoco III acabou sendo morto e em seu lugar assumiu seu filho, Seleuco IV, que resistiu no poder até 175 a.C., quando foi assassinado. Quem assume então é Antíoco IV (Epifânio) irmão de Seleuco IV. Neste momento começava o triste caminho para o final do Império Selêucida e vislumbravam-se as dificuldades e mais dificuldades para os judeus.
Jovens Judeus treinando no ginásio de Jerusalém
Este novo rei, Antíoco IV, deu seqüência aos planos de helenisação do povo que estava subjugado a ele. Desta forma destituiu Onias III do cargo de sumo-sacerdote em Jerusalém e colocou Jasom (que, segundo o blog Vivos! anteriormente se chamava Josué) em seu lugar. Este novo sumo-sacerdote, que estimulava o culto a Hércules de Tiro, tinha a missão de transformar Jerusalém em uma cidade grega. Nesta época foi construído um ginásio na cidade, onde jovens judeus se exercitavam da mesma forma que era comum a toda cultura helenista, ou seja, totalmente despidos. Também eram realizados cultos a deuses pagãos antes das competições esportivas dos ginásios.
Começou então a haver uma grande mudança comportamental. Passou-se a ter uma maior freqüência aos Teatros Gregos, a adoção de roupas gregas, utilização de cirurgias para remoção das marcas da circuncisão, adoção de nomes gregos (ao invés de Judaicos) e outras coisas assim se tornaram populares.
Quem se opunha era chamado de “Hasidim” que significa algo como “puritanos”.
A situação só piorava quando Antíoco IV substituiu novamente o sumo-sacerdote de Jerusalém por Menelau que, provavelmente, nem era de linhagem sacerdotal, mas que pagava um tributo mais elevado ao rei.
Esta corrupção dos valores judaicos, principalmente esta substituição do sumo-sacerdote por negociata financeira, desagradou muito aos “judeus puritanos”.
Quando Antíoco IV partiu para conquistar o Egito e acabou sendo derrotado por Laenus (embaixador Romano), surgiu a informação em Jerusalém que Antíoco IV havia morrido, Jasom (o sumo-sacerdote deposto) liderou uma retomada de seu oficio contra Menelau. Só que Antíoco IV não havia morrido e ao retornar, enviou seu exército para Jerusalém, reintegrou Menelau ao cargo de sumo-sacerdote, e seus soldados saquearam a cidade e mataram muitos judeus.

altar à Zeus no Templo de Jerusalém
Dois anos depois, o exército de Antíoco IV volta a Jerusalém, coleta tributos, declara ilegal a prática da religião judaica, estabelece o paganismo a força, saqueia a cidade, matam muitos judeus, escravizam mulheres e crianças, destroem manuscritos do Antigo Testamento, constroem um altar a Zeus no Templo, sacrificam animais impuros (segundo a lei de Moisés) no altar do Templo e cometem inúmeras outras abominações. Segundo o site Gotquestions isto ocorreu mais ou menos em 167 a.C. e o fato da profanação do Templo, provavelmente, é o que encontramos citado no Evangelho de Marcos 13:14. Ao final destes eventos houve uma grande guerra e muita violência.

sábado, 26 de maio de 2012

Período Intertestamentário – Parte 2


Se ainda não teve oportunidade, não deixe de ler as outras partes deste estudo: Período Intertestamentário – Parte 1

A divisão do Império Grego

Com a morte prematura de Alexandre, o Grande, na Babilônia com apenas 33 anos, não haviam herdeiros capacitados para o governo. Devido a este fato seus generais começaram a disputar o controle do império o que fatalmente levou a uma inevitável divisão do mesmo.
Foram então criados quatro reinos para quatro generais, a saber: Ptolomeu, Seleuco, Lisímaco e Cassandro. A região da palestina, que na antiguidade havia servido como ponto estratégico de Israel (para seu enriquecimento) se tornou um fator de desgraça já que os governos de Ptolomeu (que governava o Egito) e de Seleuco (que governava a Síria) disputavam aquela região por ser um importante corredor para as tropas.

O governo dos Ptolomeus

Esta região que na época de Salomão havia sido uma posição geográfica favorável ao enriquecimento do povo judeu, agora era o palco de guerras porque tanto os Ptolomeus quanto os Selecuidas queriam aquelas terras que serviam de importante corredor para as tropas. Devido a isto, a situação do território foi bastante inconstante tendo havido inúmeras guerras e muitas mudanças de poder dentre os governantes gregos.
Segundo o livro Panorama Histórico de Israel para estudantes da Bíblia encontramos que durante o governo dos Ptolomeus os judeus tiveram uma relativa liberdade. Apesar de muitos terem sido deportados para o Egito, estes souberam e puderam aproveitar bem as oportunidades comerciais e condições de trabalho que ali tiveram. Este fato foi tão importante que fez com que outros judeus fossem, por vontade própria, para o Egito “tentar a vida” nas cidades que estavam sendo fundadas. Dentre estas cidades é importante citar Alexandria e a grande colônia judaica que se estabeleceu ali.
É interessante saber que apesar da liberdade religiosa que havia, também era notória a grande promoção que era feita da cultura e religiosidade grega desde os tempos de Alexandre, o Grande, e continuando nos tempos dos Ptolomeus e depois dos Seleucidas.
Para aqueles que permaneciam na Judeia, o sumo-sacerdote era o governador. Ele trabalhava em conjunto com o conselho de sacerdotes e anciãos fazendo com que as leis fossem cumpridas.
O Templo de Jerusalém era o centro da vida religiosa dos judeus, inclusive recebendo peregrinos de todas as partes. Provavelmente como contraponto a grande promoção da cultura e religiosidade grega, vemos o fato de que esta época foi de grande ênfase à Lei e a sua interpretação que muito se desenvolveu. Já economicamente, a população empobreceu.

A Septuaginta:

Novo predio da Biblioteca de Alexandria
 (no mesmo local da antiga)
A Septuaginta ou como é abreviada LXX (setenta em números romanos) é a mais importante tradução grega do Antigo Testamento, bem como a mais antiga tradução influente em qualquer idioma.
Exatamente pelo grande número de judeus egressos da palestina que haviam se estabelecidos na colônia judaica de Alexandria e porque os Ptolomeus haviam fundado uma grande biblioteca com obras antigas e preciosas e cuidada por bibliotecários que se tornaram notáveis; Levando em consideração ao fato de que mesmo com liberdade religiosa era notória a grande promoção da cultura e religiosidade grega. Além do fato de que o Grego, desde antes do domínio de Alexandre, o Grande, estar se tornando a língua comercial e de intercâmbio dentre os povos (como hoje em dia é o inglês), muitos judeus que agora moravam em Alexandria não dominavam mais o hebraico ao ponto de poderem ler e compreender as Leis em sua língua original.
fragmento do livro de Ezequiel da Septuaginta
Aparentemente estes fatos levaram a que, durante o governo de Ptolomeu Filadelfo (285-246 a.C.) fosse ordenado o início de uma tradução do Antigo Testamento (A Tanak – Bíblia Hebraica) para a língua grega. Certa carta, supostamente escrita por alguém chamado Aristélas ao seu irmão Filócrates (285-246 a.C.) relata como Ptolomeu Filadelfo, persuadido por seu bibliotecário a obter uma tradução das escrituras hebraicas para a sua biblioteca real, fez um apelo ao sumo sacerdote de Jerusalém, que lhe enviou 72 anciãos a Alexandria, com uma cópia oficial da lei. Ali, em 72 dias, fizeram uma tradução que foi lida perante a comunidade judaica entre grandes aplausos, e então foi apresentada ao rei. Este é o motivo dela ser chamada de Tradução dos Setenta, Septuaginta ou como é abreviada LXX (setenta em números
romanos). Ela ainda hoje é a mais importante tradução grega do Antigo Testamento, bem como a mais antiga tradução influente em qualquer idioma. Nenhum outro livro(s) foi traduzido a mais tempo do que as Escrituras Sagradas e continua sendo influente no mundo inteiro. Nenhuma outra tradução realizada naquela época tem igual valor para a humanidade.
É incontestável que esta tradução chamada Septuaginta deu uma extrema contribuição para que o judaísmo (e posteriormente o cristianismo) fosse disseminado por todo o mundo conhecido naquela época.
Quando Cristo esteve na Terra a LXX já estava espalhada entre os judeus da dispersão (os egressos) e é compreensível que esta Bíblia na língua universal tenha ajudado muito aos primeiros missionários. Notamos ainda que o Novo Testamento possui várias citações da Septuaginta.
Lembremos ainda que traduções não eram coisas corriqueiras daquela época e que somente livros extremamente importantes poderiam ser traduzidos. Isto demonstrava o valor que era dado a Bíblia Hebraica.


Como acabou o período dos Ptolomeus :
A última pessoa que comandou a dinastia que governou o Egito, chamada de dinastia dos Ptolomeus foi Cleópatra VII Thea Filopator (em grego, Κλεοπάτρα Φιλοπάτωρ, Cleopátra Philopátor). Ela nasceu em Alexandria em 70 a.C. e morreu em 30 a.C. Cleópatra, como ficou conhecida na história, era filha de Ptolomeu XII e de Cleópatra V.
As constantes guerras dentre os Ptolomeus e os Selêucidas acabou por dar a vitória a estes últimos e por fim a dominação dos Ptolomeus sobre a Judeia.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

lançando a rede

 E ele lhes disse: Lançai a rede para o lado direito do barco, e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam tirar, pela multidão dos peixes.

Quando cumprimos o mandamento de Jesus no tocante à salvação de vidas para o Reino de Deus e lançamos a rede geralmente fazemos uma boa colheita, interessante é que os Apóstolos que estavam no barco eram homens experientes na arte de pescar, mas diz o texto supracitado que eles envidaram esforços durante toda uma noite...e nada pescaram... devemos admitir que realmente não sabemos pescar e muito menos cuidar de pescado, porém quando nos dispomos a cumprir o IDE de Jesus Ele nos usa como vaso e nos capacita para fazer a sua obra. Dentro desse contexto mais uma vez o Senhor Jesus nos presenteou com mais duas vidas preciosas neste culto evangelistico de quinta feira na Congregação Betesda salvando Cíntia e cristiane (mãe e filha) filha e neta da nossa querida irmã Odecilda. Que Deus continue abençoando as suas vidas.

         Ir Daniel Oliveira - 2. Dirigente
Assembléia de Deus - Congregação Betesda

Período Intertestamentário – Parte 1

Panorama Geral:

Popularmente é dito que este período compreendeu aproximadamente 400 anos da história de Israel, este é o número mais aceito para o arredondamento de tempo do período intertestamentário, no entanto, ao buscar mais informação, encontramos que existem autores (p.ex,HENRY, Matthew em Matthew Henry’s Commentary on the Whole Bible. Guardian Press, Grand Rapids, 1976.) que afirmam que o mais correto seria datar de 397 a.C. a 6 a.C. o que daria na verdade 391 anos.
Esta pequena variação, no entanto, não altera o fato de que aproximadamente podemos afirmar que foram 400 anos. Neste período Deus não chamou nenhum profeta para dizer “assim diz o Senhor“. Em todo este tempo nenhum escritor inspirado apareceu. Por isso este tempo é chamado “Os Anos Silenciosos” ou “O Período Negro“.
Este período, no entanto, provocou muitas mudanças no mundo em geral e entre os Judeus em particular. Ao entendermos, um pouco, do que aconteceu neste período intertestamentário, compreenderemos melhor sobre o povo que existia no Novo Testamento e o porquê de muitas palavras de Jesus no Novo Testamento.
É interessante notar que a atmosfera política, religiosa e social da Palestina mudou significantemente durante esse período e como última curiosidade desta introdução é interessante citar que muito do que aconteceu no período entre o Antigo e o Novo Testamento foi predito pelo profeta Daniel (capítulos 2,7,8 e 11), por exemplo.

O Período Grego:

Alexandre III da Macedônia, dito o Grande ou Magno (cujo nome correto em grego é Αλέξανδρος o Τρίτος o Μακεδών = Aléxandros ho Trítos ho Makedón) foi o sucessor do rei Filipe II da Macedônia que era seu pai (Olímpia do Épiro era sua mãe), nasceu em 20 de julho de 356 a.C. em Pela e assumiu o trono da Macedônia em 336 a.C. com 20 anos de idade, no lugar de seu pai que havia sido assassinado.
Como destaque especial, Alexandre, o Grande, montou o maior império da história antiga criando de forma harmoniosa uma união do Oriente e do Ocidente, sob a cultura helenista.
Devido a sua educação, dada por Aristóteles, Alexandre era extremamente ávido por conhecimento, adorava filosofia e era um leitor insaciável, além do fato de ser uma pessoa muito inteligente, ele dominava muito conhecimento sobre filosofia, história grega, arte da guerra, medicina, retórica, política, ciências físicas e naturais além de geografia. A verdade é que Alexandre, o Grande, era obcecado por conhecimento, muito provavelmente pelo seu perfil megalomaníaco. Devido a isto o grande ideal de Alexandre, o Grande era levar a influência da Grécia a todos os países conhecidos.
Império de Alexandre, o Grande
Levando isto em consideração, quando de sua conquista do Oriente Médio das mãos dos Persas (situação política de Israel na qual acaba o Antigo Testamento) e avanço em direção ao Egito, Alexandre, o Grande passou por Jerusalém, e ao se encontrar com sacerdotes Judeus, se impressionou muito com a religiosidade judaica, bem como se interessou pelas Sagradas Escrituras e por toda filosofia hebraica. Existe até quem afirme que quando Alexandre se aproximava de Jerusalém o sumo sacerdote Jadua teria ido ao seu encontro e lhe mostrado as profecias de Daniel, segundo as quais o exército grego seria vitorioso naquelas batalhas (Daniel 8), fato este que não é totalmente comprovado, mas que faria sentido sabendo-se da grande megalomania e vaidade de Alexandre.
Não há de se pensar em uma conversão. Alexandre, o Grande sempre foi fiel as divindades Gregas e como exemplo máximo disto, podemos citar que quando conquistou Sardes, de posse de seu tesouro, Alexandre construiu um templo a Zeus, no antigo palácio real do rei Creso. É certo que ele tentou, de diversas maneiras, influenciar o povo Judeu para que estes seguissem sua visão religiosa, porém nunca impôs isto, muito provavelmente por ter se impressionado com a filosofia e religiosidade judaica.
Mesmo sendo de outra visão religiosa, é fato que Alexandre tratou singularmente bem aos Judeus. Ele lhes permitiu observarem suas leis, isentou-os de impostos durante os anos sabáticos e, quando construiu Alexandria no Egito (331 AC), estimulou os judeus a se estabelecerem ali e deu-lhes privilégios comparáveis aos seus súditos gregos.
Atribui-se a ele a fundação de setenta cidades, todas moldadas conforme o estilo grego. Também é certo que para conseguir seus ideais de forma mais rápida, tanto ele quanto seus soldados costumavam casarem-se com mulheres de outros países para misturar a cultura helenista (cultura grega) com a destes países.

Zeus

Como ficaram os judeus durante este período?
Mesmo sendo de outra visão religiosa, é fato que Alexandre, o Grande, tratou singularmente bem aos Judeus tanto os que moravam na Judéia quanto os que moravam na Babilônia e Média. Ele lhes permitiu observarem suas leis, isentou-os de impostos durante os anos sabáticos e, quando construiu Alexandria no Egito (331 AC), estimulou os judeus a se estabelecerem ali e deu-lhes privilégios comparáveis aos seus súditos gregos, incluindo ai a possibilidade de eles participarem de seu exército e de praticarem a sua própria religião.
Os judeus que, até então, costumavam ser fieis ao domínio dos persas, agora se tornariam fiéis ao domínio grego e, por conseguinte, as mesmas regalias que já possuíam dos persas foram mantidas pelos gregos. Desta forma pouca coisa alterou na vida dos judeus, continuaram a ser uma província sem rei, sob o domínio de um povo estranho e sem autonomia política.
Devido à falta de autonomia da província, o povo judeu não poderia ter reis, mas também devido à boa relação com o governo de Alexandre, o Grande, e a regalia de poderem continuar a praticar a sua própria religião, os judeus continuaram a ter um cargo político-religioso de grande importância para suas vidas, este cargo era o de Sumo-Sacerdote. Este era o responsável máximo pelos serviços e sacrifícios no Templo de Jerusalém, o mais alto posto religioso do povo de Israel e também a mais alta autoridade política do país.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Missões: A Importância da oração na obra missionária


Os discípulos de Jesus lhe pediram: ensina-nos a orar. Jesus respondeu com a famosa oração do Pai Nosso. Para orar de acordo com a vontade de Deus precisamos analisar a forma como Jesus ensinou seus discípulos. Notem que não é uma oração egoísta, simplesmente pedindo coisas pessoais, mas, em primeiro lugar, Jesus ensina quais devem ser nossas prioridades na oração:



1- Que venha primeiro o Reino de Deus

De uma forma genérica, o Reino de Deus se manifesta no controle que Ele tem de todo o Universo. Por isso que a Bíblia o chama de “Rei de toda a terra” (Sl 47.7). O Reino de Deus especifico se manifesta através da igreja; seus membros devem estar totalmente submissos a Deus e à Sua vontade.
Quando Jesus ensinou que os discípulos devem pedir a Deus que o Seu Reino venha, estava mostrando que a melhor forma de manifestar o Reino de Deus na terra será através da evangelização, levando cada pessoa do planeta a submeter-se a Ele. Quando Jesus disse “Eu sou o Senhor”, Ele se referia ao domínio d’Ele sobre todos os homens e toda a terra. Por isso que a Bíblia afirma que um dia:
Todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é Senhor, para a Gloria de Deus Pai” (Fp 2.10-11).
Além disso, a Bíblia mostra que no final dos tempos Jesus Cristo entregará o Reino a Deus o Pai, para que Ele seja tudo em todos (1Co 15.24-28). Cada cristão deve ser um agente de Deus para que o Seu Reino venha sobre todos os homens. A oração é parte fundamental para que o Reino venha. Deus quer que cada um dos Seus filhos seja um intercessor.

2- Que seja feita a vontade de Deus, assim na terra como no céu

A pergunta que vem à nossa mente é: A vontade de Deus não está sendo feita? Claro que a resposta é sim, partindo da perspectiva da soberania dEle. Mas a Bíblia nos ensina que Deus permite que o ser humano faça suas escolhas, e aí que entra o pedido que Jesus Cristo ensina na oração: que cada ser humano se submeta à vontade de Deus.
Mais uma vez constatamos que a tarefa de fazer discípulos é para que cada habitante do nosso planeta conheça a Jesus Cristo como único caminho ao Pai, e assim submeta-se a vontade de Deus. Jesus, que é nosso modelo de vida, sempre orava e ensinou Seus discípulos a orar de uma forma coerente com o Reino a que pertencem.
Além do ensino de Jesus aos seus discípulos sobre a oração, também existe o ensino de orar para que o próprio Deus envie trabalhadores no Seu projeto:
Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor. Então disse aos seus discípulos: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Peçam, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para a Sua colheita” (Mt 9.36-38).
Há neste texto uma exclamação de Jesus Cristo, do profundo da Sua alma, pois Ele estava vendo as multidões perdidas. Ele estava dizendo aos Seus discípulos: “Vejam quantas vidas precisam de um pastor. Vejam como a colheita é grande. Vejam as nações da terra – perdidas, desamparadas, desgarradas, errantes como ovelhas sem pastor”. Para logo em seguida exortar Seus discípulos a pedir a Deus que envie mais trabalhadores.
Por outro lado, se pensarmos bem, todo cristão é um trabalhador na seara de Deus, e isto nos leva a concluir que quanto mais discípulos fizermos, mais trabalhadores teremos no Reino de Deus! Todos os crentes em Jesus têm o dever de orar, rogando a Deus que envie mais trabalhadores, e ao mesmo tempo evangelizar a tempo e fora de tempo: no trabalho, escola, aos parentes, à vizinhança etc.

A certeza das orações respondidas

Além do ensino sobre a oração com a visão do Reino de Deus, a Bíblia também nos ensina que Deus responde às nossas orações: “E esta é a confiança que temos nele: se pedirmos alguma coisa segundo sua vontade, Ele nos ouve. Se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que já alcançamos o que lhe temos pedido” (1Jo 5.14-15). Este texto nos ensina alguns princípios importantes sobre a oração:

A Oração efetiva deve ser de acordo com a vontade de Deus

O verso 14 diz que “…se pedirmos alguma coisa, segundo sua vontade, ele nos ouve”. A garantia da resposta positiva de Deus é o pedido segundo a Sua vontade. Muitas vezes Deus não responde nossas orações porque pedimos mal, para gastarmos nos nossos prazeres (Tg 4.3). A Bíblia diz: “Que (Deus) deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2.4). Portanto, quando oramos pela obra missionária, estamos fazendo de acordo com a vontade de Deus, e com certeza veremos os resultados da nossa intercessão.

A oração efetiva deve ser com fé

O texto diz: Se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que já alcançamos o que lhe temos pedido (v. 15). As palavras grifadas são para ressaltar que Deus quer que tenhamos confiança na resposta à nossa oração. Ele não está dizendo que devemos ter esperança, ou imaginar que Ele responderá, mas sim a ênfase sobre sabermos que Deus nos ouve e que nos responde. Isto é fé – saber que nosso Pai sempre responderá a oração segundo a Sua vontade.
Precisamos também ter consciência de que estamos no meio de uma guerra espiritual. O texto do livro de Atos mostra quando Paulo estava dando seu testemunho ao rei Agripa, em que esclarece a realidade do trabalho missionário:
Eu o livrarei do seu próprio povo e dos gentios, aos quais eu o envio para abrir-lhes os olhos e convertê-los das trevas para a luz, e do poder de Satanás para Deus, a fim de que recebam o perdão dos pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim” (At 26.17-18).
Vejam que há três ações no trabalho de fazer discípulos:
1) abrir-lhes os olhos;
2) convertê-los das trevas para a luz e
3) convertê-los do poder de Satanás para Deus. Isto mostra que as pessoas sem Cristo estão cegas espiritualmente, pertencem ao reino das trevas e estão sob o poder de Satanás. Oh, como seria bom se todos os cristãos tivessem consciência da realidade espiritual das pessoas! Com certeza teríamos maior comprometimento com missões.
A obra missionária consiste em tirar as pessoas do reino das trevas e do poder de Satanás e levá-las para o Reino da Luz e para o poder de Deus. A pergunta que surge é: Satanás vai permitir? Claro que não. Ele levantará uma forte oposição para não perder as vidas que estão sob seu domínio. Aqui entra a importância da intercessão. Devemos orar, jejuar, interceder pelos missionários, pelas nações sem Cristo, pelos povos ainda não alcançados pelo Evangelho.

Sugestões práticas para uma boa intercessão:

• Prepare-se espiritualmente. Se puder, separe um tempo de jejum; examine se não há pecado em sua vida; fortaleça-se no Senhor e em Sua Palavra.
• Ore para que Deus envie mais obreiros para a obra.
• Ore pelos missionários: por sua saúde, pela família, para que tenham unção do Espírito Santo, por estratégias divinas, por autoridade e sabedoria espirituais, para que dêem muito fruto e pelo sustento da família.
• Ore pelo relacionamento entre os missionários e lideres no campo. Esta é uma área difícil e que precisa muito da nossa intercessão.
• Ore pelos povos ainda não alcançados pela mensagem de salvação. Ainda existem mais de 2.000 povos que pouco ou nunca ouviram o Evangelho de Cristo.
• Ore pelas nações. Adquira um mapa-múndi ou um globo. Veja as nações. Ore para que Deus lhe ajude a ver o mundo como Ele vê. Recomendamos o livro Intercessão Mundial, de Patrick Johnstone, que tem informações sobre todas as nações da Terra.
• Ore pelos pastores e igrejas, para que tenham visão missionária. Infelizmente há pastores e igrejas que têm uma pequena visão local, e precisam conhecer a estratégia de Atos 1.8: Jerusalém, Judéia, Samaria e confins da Terra.
• Ore pela Junta de Missões Mundiais, para que tenha sabedoria no trato e cuidado dos missionários, bem como estratégias específicas para alcançar o mundo no século 21.
• Ore para que Deus derrube todas as barreiras espirituais que o inimigo levanta contra a expansão do Reino de Deus.
Sempre afirmo que a igreja trabalha mais rápido de joelhos do que de pé. Sem duvida, pela oração nossas igrejas crescerão, muitos missionários serão enviados, vidas serão salvas, igrejas serão plantadas e Cristo será glorificado em todas as nações.

Publicado originalmente na Revista da Campanha 2012 da Junta de Missões Mundiais